• DATA10 de Dezembro de 2022
  • HORÁRIO15:00 - 17h30
  • INFORMAÇÕES966 186 871 | comunicacao@teatrodarainha.pt
  • MORADASala Estúdio do Teatro da Rainha | Rua Vitorino Fróis - junto à Biblioteca Municipal - Largo da Universidade | Edifício 2 | 2504-911 Caldas da Rainha

Intervenientes
Fernando Mora Ramos – Director TR
Sofia Reboleira – Cientista
João Gabriel – Pintor/ Artes Plásticas
Pedro Xavier Mendonça – Ciências Sociais
Sofia Bandeira Duarte – Doutoramento em História de arte

Programa
15h às 17h30 – Colóquio
18h30 – Concerto “De Buenos Aires a Paris” com Emma Alonso (voz) e José Manuel Vaquero (piano)

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“Caldas, Cidade Criativa?” é o mote para a 6.ª edição do colóquio “Teatro, Espaço Vazio e Democracia”, a ter lugar no Teatro da Rainha, 10 de Dezembro, às 15h. Intervirão Fernando Mora Ramos, director da companhia fundada em 1985, Sofia Bandeira Duarte, Sofia Reboleira, João Gabriel, e Pedro Xavier Mendonça. No mesmo dia, às 18h30, a Sala Estúdio do Teatro da Rainha acolherá o concerto “De Buenos Aires a Paris”, com Emma Alonso na voz e José Manuel Vaquero ao piano.
O colóquio “Teatro, Espaço Vazio e Democracia” teve a sua primeira edição em 2017, propondo-se como estímulo à reflexão e ao debate sobre o papel que a actividade teatral tem a desempenhar em sociedades que se pretendam democráticas. Partindo de questões gerais tais como as elaboradas por Peter Brook (1925-2022) no volume intitulado “The Empty Space” (1968) — «Terá o teatro um verdadeiro lugar nas nossas vidas? Que função pode ter? O que pode servir? O que poderia ele explorar? Quais são as suas propriedades especiais?» —, este é um momento instigador de ideias, observações, indagações, um espaço de inquietação e de desassossego com um propósito claro de construir a partir da discussão, fazer, no sentido de “poíesis”, com base na controvérsia e na imaginação, em suma, um espaço de criatividade, edificador do pensamento.
Este ano queremos pensar Caldas da Rainha, o que na cidade há, não há ou pode haver de criativo. Caldas, cidade criativa? A UNESCO diz que sim, desde 2019, no domínio dos crafts e das artes populares. Os crafts são as artes e os ofícios ligados ao artesanato. A louça, portanto. Mas o que são ou podem ser as artes populares? Que funções desempenham e que papéis representam na cidade? Estamos condenados ao priapismo de barro? Que tipo de relação e elos mantêm os cidadãos com essas tais artes populares? Quais são? Onde se produzem?
O tema, está visto, desbrava uma vasta zona de cogitações a serem exploradas, nomeadamente por quem, vivendo numa cidade, não prescinda da oferta cultural que ela tenha para oferecer. E por quem, na ausência dessa oferta, prefira outros locais para existir e viver. Desejamos, pois, percorrer um caminho na direcção da criatividade activa, exigente no sentido do confronto crítico, livre e democrático, sem o qual estamos convencidos não haver verdadeira cultura, a que gera pontes entre o vivido e o pensado. Para tal desafiámos e convidámos a intervir quatro pessoas com uma relação de proximidade à cidade de Caldas da Rainha.
Sofia Bandeira Duarte é Doutorada, pela Faculdade de Letras, em Estudos de Literatura e de Cultura. Investigadora qualificada em História da Arte em Portugal e em Literatura Comparada, foi docente e tem experiência e competências consolidadas em actividades como criação de conteúdos, comunicação cultural aplicada a diferentes públicos, curadoria e criação de ambientes para filmes documentais. Vive em Caldas da Rainha.
Ana Sofia Reboleira nasceu em Caldas da Rainha. É bióloga de formação, com mestrado em gestão de ecossistemas, ecologia e biodiversidade. Licenciou-se pela Universidade de Aveiro, é professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, além de investigadora no Museu de História Natural da Dinamarca e vice-presidente da Sociedade Internacional de Biologia Subterrânea.
João Gabriel, natural de Leiria, vive e trabalha em Caldas da Rainha. Artista plástico formado pela ESAD Caldas da Rainha, onde fez Licenciatura e Mestrado, tem participado em várias exposições colectivas nacionais e internacionais. Começou a expor individualmente em 2013. No ano de 2017, foi finalista do Prémio Novos Artistas Fundação EDP. Está representado em várias colecções.
Pedro Xavier Mendonça, Doutor em Ciências Sociais – Sociologia Geral pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, é consultor no Centro Nacional de Cibersegurança. Licenciado em Filosofia, pela Universidade de Coimbra, mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias, pelo ISCTE, é também co-editor da revista Três Três. Reside em Caldas da Rainha.