COLECÇÃO azulcobalto | teatro
As peças que o Teatro da Rainha pôs em cena são traduções ou originais de autores contemporâneos e de clássicos. Só desfasados deste tempo, não coincidindo com ele (Agamben), podemos lançar um olhar vivo sobre o que — tudo é memória sob a superfície mutante do real espectacular que sofremos — está coberto dos detritos do presente. No olho do furacão ninguém o lê. Inaugurada com as peças O Barrete de Guizos e O Homem, a Besta e a Virtude, de Luigi Pirandello, esta colecção é uma parceria do Teatro da Rainha com a editora Companhia das Ilhas, que em boa hora nos abriu a sua porta. Em boa companhia estaremos, tanto mais que, como a editora, somos uma ilha.
35 ANOS DE FOTOS DO TEATRO DA RAINHA
CADERNO DE APONTAMENTOS
35 CONTEXTOS CÉNICO-DRAMÁTICOS EM NADA CRONOLÓGICOS
“Quando a imagem de cena captada conta o essencial e parada se move, os corpos observáveis têm aquela potência significante de presença que no vídeo desaparece. É que o teatro se faz de uma sucessão de «paralisias», é uma espécie de paralisia animada. Paradoxo? Sem dúvida. Mas o movimento está também na nossa capacidade analítica de observar sem perder espontaneidade.”
fmr