- DATA27 e 28 de Março, às 21h30 | 29 de Março às 18h
- LOCALSala-Estúdio | Praça da Universidade, Edifício 2, 2500- 208 Caldas da Rainha
- INFORMAÇÕES geral@teatrodarainha.pt | 262 823 302 | 966 186 871
O filho-da-puta é um comemorativista, um amante das datas que celebram as mortes, um militante da acumulação do regresso do passado como peso e inércia dramática e kitch, ele grita em surdina para si mesmo “viva a morte”, como o general de Franco, pois cultua as abstracções herói-maníacas, a megalomania e a grandiloquência, sendo admirador da tortura e do castigo, da sevícia. Sim, nele, tudo tem a ver com a morte, como refere Pimenta, com celebrar a morte mas também com flores de plástico.
Esta peça é um grito gramaticalmente impecável, rigoroso, pela liberdade livre e contra o preconceito e o amiguismo hipócrita e nepótico que continua a constituir os modos da nossa sociabilidade sempre muito atravessadas de ambições de poder e poderes.
O Discurso sobre o Filho-da-Puta, estreou a 2 de Julho de 2020 na Sala Estúdio do Teatro da Rainha, em Caldas da Rainha e, desde então, percorreu parte do território nacional. Agora, volta à Sala Estúdio como parte integrante do ciclo Pimentíada, uma celebração explosiva, centrada na obra de Alberto Pimenta, nosso grande clássico-contemporâneo e performer vivo, que pretende ser uma pedrada no charco do comemorativismo rotineiro.
Ficha Artística
TEXTO Alberto Pimenta
DIRECÇÃO Fernando Mora Ramos [Encenação] e Miguel Azguime [Composição Musical]
QUARTETO DE CORDAS VOCAIS Fábio Costa, Inês Barros, Marta Taveira e Nuno Machado
GALERIA DE RETRATOS DE FDP’s José Serrão
ESTÁTUA DO FDP Mariana Sampaio
ILUMINAÇÃO António Anunciação e Lucas Keating
CENOGRAFIA E FIGURINOS Fernando Mora Ramos