40 ANOS DE TEATRO DA RAINHA
A EXPO 40 anos é uma exposição contínua, dura o ano inteiro e é concretizada por módulos. É, em grande parte, realizada por materiais que pertencem ao nosso património em materiais fotográficos, videográficos e outros. Mas não só, muita coisa terá de se fazer para celebrar esta data plena de uma diversidade de criações havidas e outro tipo de actividades, dado que o Teatro da Rainha (TdR) sempre se assumiu como um Centro de Desenvolvimento de Actividades Teatrais com uma arte nuclear, a criação teatral. Isso explica a multiplicidade de riqueza do património (guarda-roupa, cenários, mas também edições, revistas, produção ensaísta, etc.) e a diversidade do plano comemorativo dos 40 anos.
Assim sendo, tendo como momento charneira a exposição a realizar no Céu de Vidro sobre os primeiros 5 anos de actividade, centrada nas criações desse período, e a acompanhar o espectáculo de verão realizado no mesmo edifício (aí começou o TdR a fazer teatro, a antiga Casa da Cultura), desdobra-se em outros módulos a jusante e a montante dessa data em Julho de 2025.
Realizaremos um primeiro módulo com materiais dos nossos fotógrafos residentes Paulo Nuno Silva e Margarida Araújo – e também do fotógrafo João Tuna, do TNSJ, que fotografou as nossas realizações neste Teatro Nacional. Essa exposição será composta por fotografias das escolhas dos fotógrafos. Ao que se seguirá um módulo clássicos-contemporâneos, também com material fotográfico, e que acentuará essa vertente, a relação na escolha de reportório dessa articulação entre uns e outros na perspectiva de que são clássicos os textos com potencialidade contemporânea e contemporâneos os que tiverem qualidades clássicas e não sejam, portanto, epifenómenos.
Um módulo cartazes e programas, que inclui o conjunto das nossas coproduções e digressões no TNSJ. Esses cartazes e programas têm um acento claro nas criações de Edgar Marcelo e José Serrão, os mais destacados designers do TdR.
Um módulo com desenhos do cenógrafo e desenhista José Carlos Faria sobre um conjunto de criações que acompanhou.
Um memorial onomástico que referirá os criadores e outros integrantes essenciais à existência do TdR, realizado como uma “cortina de teatro” de proporções agigantadas na fachada de acesso à sala-estúdio e uma estátua da Rainha Dona Leonor feita com o reciclar de materiais do nosso legado cenográfico, nomeadamente tubos metálicos e madeiras. Essa estátua, de proporções significativas, passará a sinalizar a existência do teatro no seu próprio espaço, actualmente mal destacada e pouco visível. Também uma listagem integral do reportório será exposta.
Um momento relevante constará da exposição das pinturas cenográficas do Pintor João Vieira para o espectáculo Letra M, recriação em Caldas numa encenação de Fernando Mora Ramos, no Sótão da Antiga Lavandaria do Hospital Termal, de Lavrador da Boémia, criado em Évora, no Teatro Garcia de Resende com encenação de Jean-Pierre Sarrazac e interpretação de Fernando Mora Ramos e Gil Salgueiro Nave.
Haverá ainda um módulo Gil Vicente que constará da apresentação da Revista do Colóquio realizado em janeiro de 2024 com José Camões, Maria João Brilhante, José Cardoso Bernardes e José Alberto Ferreira e da apresentação das cenas de Vicente, “Pranto”, “Murtinheira”, “Martinho”, “Brásia Caiada” e a “Genebra Pereira”, a feiticeira.
No Colóquio de final do ano, balanço e testemunhos de 40 anos de teatro, o conjunto das exposições do espaço sede estará, por assim dizer, exposto no conjunto dos módulos, criando-se assim uma perspetiva íntegra.
Fotografias de Paulo Nuno Silva e Margarida Araújo.
Inauguração: 10 de Março de 2025.
Os primeiros 5 anos do Teatro da Rainha.
Espectáculos na antiga Casa da Cultura, no Parque D. Carlos I, no Largo Rainha D. Leonor e no adro da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
Inauguração: 5 de Julho de 2025.
