- ESTREIA27 de Março de 2019 | Teatro Nacional São João - Porto
- APRESENTAÇÕESaté 14 de Abril
DIGRESSÃO
Caldas da Rainha – CCC Centro Cultural e de Congressos – 24 e 25 de Maio de 2019.
É um herdeiro direto da “grega inquietação”, legado que reconhece e subverte, com insolência e maturidade, passe o paradoxo. Martin Crimp é um dos grandes dramaturgos contemporâneos. Em O Resto Já Devem Conhecer do Cinema (2013), regressa às páginas de As Fenícias, de Eurípides, projetando-as contra o pano de fundo de uma pergunta insidiosa: “Sim, como podem os mortos viver agora?” Vivem ainda Jocasta, Édipo, Antígona, Creonte, Etéocles, Polinices, os enigmas da Esfinge, o coro de raparigas fenícias, a guerra, a honra, a justiça, o caos, o sangue. Mas o agora de Crimp é o agora mesmo, a barbárie do nosso quotidiano, a Europa, “cidade” dividida, decadente e sob ameaça, como Tebas, habitada por personagens que o dramaturgo inglês olha com um sarcasmo temperado pelo humor. Os encenadores Nuno Carinhas e Fernando Mora Ramos reeditam a parceria testada em O Fim das Possibilidades, de Sarrazac (2015). Um monstro com quatro mãos e duas cabeças, capaz de afrontar e revolver as entranhas deste teatro político, dilemático, lúdico, palavroso, musical. Um teatro que muito duvida e que muito pergunta. “Onde está o mundo?” – “Que filme é esse que continuamente projetas no cinema deserto da minha cabeça?”
Ficha Artística
Texto | Martin Crimp a partir de Fenícias de Eurípides
Tradução | Isabel Lopes
Encenação | Nuno Carinhas e Fernando Mora Ramos
Figurinos e Cenografia | Nuno Carinhas
Desenho de Luz | Rui Monteiro
Desenho de Som | João Oliveira
Fotografia | João Tuna
Interpretação | António Afonso Parra, Ana da Cunha, Carlos Borges, Fábio Costa, Fernando Mora Ramos, Isabel Lopes, Joana Carvalho, João Cardoso, Jorge Mota, Manuel Petiz, Pedro Frias, Sara Barros Leitão e Mafalda Taveira, Maria Luís Cardoso, Marta Taveira e Sofia Nero Guimarães (Coro)
PRODUÇÃO TNSJ
em colaboração com
TEATRO DA RAINHA