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  • APRESENTAÇÕES11, 12 e 13 de Setembro de 2015 | Clube Naval da Ilha Graciosa - Açores

Ficha Artística

Ideia original e dispositivo cénico | Franco Ceraolo
Encenação | Fernando Mora Ramos
Música | Carlos Alberto Augusto
Pianista | Antonella Barletta
Interpretação | Carlos Borges, Fábio Costa, Franco Ceraolo, Fernando Mora Ramos, Manuel Jorge Lobão, Luis Vasco Gregório, Sandra Santos
Operação de Luz e Som | Carina Galante
Produção Executiva | Ana Pereira
Cartaz e postal | Isabella Staino

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UM PROJECTO DA CROSS OVERAZORES

Em coprodução com o Teatro da Rainha

NO POST SCRIPTUM AS BALEIAS VÊEM OS HUMANOS

TEATRO DA RAINHA NOS AÇORES

A convite da CROSS OVERAZORES e com o beneplácito da viúva do escritor, a ensaísta Maria José de Lancastre, o encenador Fernando Mora Ramos (Director Artístico do Teatro da Rainha), o cenógrafo Franco Ceraolo (colaborador de Federico Fellini e Martin Scorsese, entre outros) e o compositor Carlos Alberto Augusto (colaborador permanente do TR) orientarão este trabalho de criação centrado na estranha forma de vida (como diz o fado) das criaturas humanas – as referidas nos contos todas elas presas na malha de uma vida insular- em condições existenciais limite ( passionais, profissionais e biográficas).

Esta leitura-encenada tentará dar a ver os homens “através dos olhos doloridos de um lento animal”. E será um pequeno texto no fim dolivro, retrato dos humanos feito por uma baleia, que Tabucchi refere ter sido inspirado num poema de Drummond de Andrade, a bússola da aventura encenada, pois atravessará, e comentará a passo, à semelhança de um coro da tragédia grega – aqui a voz das baleias agirá através de um corifeu multiplicado porta-voz— o desenrolar das três narrativas seleccionadas: Uma caçada,cujas páginas “não aspiram a ser maisque uma crónica”, Mulher de Porto Pim que Tabucchi confessa dever-se “às confidências de um homem que suponho ter encontrado numa taberna de Porto Pim” e que não exclui ter “modificado com acréscimos e juízos próprios da presunção de quem crê que da história de uma vida se extrai o sentido dessa vida”, e Antero de Quental. Uma vida, biografia contada como “se de uma vida imaginária se tratasse”.