- DATA2 de Fevereiro de 2018
- HORÁRIO21:30
- MORADASala Estúdio do Teatro da Rainha | Rua Vitorino Fróis - junto à Biblioteca Municipal - Largo da Universidade | Edifício 2 | 2504-911 Caldas da Rainha
Ficha Artística
Dimítris Dimitriádis – Texto
José António Costa Ideias – Tradução
Isabel Muñoz Cardoso e Jorge Silva Melo – Interpretação
Artistas Unidos – Produção
MORRO COMO PAÍS fala da morte de um território devastado pela guerra civil, pela corrupção política e pela subversão moral. Ampla discussão sobre temas como as violações dos direitos humanos, as ditaduras militares e civis.
Curto texto que, numa apoteose orgástica da palavra, nos dá a ler a morte física e espiritual de um país vencido (a Grécia da “ditadura dos coronéis”), figuração trágica (numa espécie de amálgama de todas as perversões e subversões) de uma outra morte muito mais radical, a de todos os valores da Humanidade e do próprio Homem.
DIMÍTRIS DIMITRIÁDIS (1944) Nasceu em Salónica, na Grécia. Fez estudos de teatro e de cinema, em Bruxelas, de 1963 a 1968. Na capital belga, em 1965-66, escreve a sua primeira peça de teatro O preço da revolta no mercado negro, levada à cena, em 1968, no Théâtre de la Commune d’Aubervilliers, com encenação de Patrice Chéreau. Em 1978 publica a sua primeira narrativa Morro como país, em 1980, uma primeira série poética intitulada Catálogos 1-4 e, em 1983, outra peça de teatro, A nova Igreja do Sangue. Seguem-se: A oferenda – A Humanoidade, preâmbulo a um milénio (ficção narrativa, 1986), Catálogos 5-8(poesia, 1986), A elevação (teatro, 1990), A desconhecida harmonia do outro século (teatro, 1992), Catálogos 9, As definições (poesia, 1994), O princípio da vida (teatro, 1995, levado à cena, nesse mesmo ano, por S. Lazarídis, Oblívio e mais quatro monólogos (2000, o monólogo Oblívio foi levado à cena, em Paris, no Petit-Odéon, por Jean-Christophe Bailly, em 2001 no Teatro de Bobigny, por Anne Dimitriadis e em 2002, no Teatro Attis, em Atenas, por Theodor Terzópulos), A vertigem dos animais antes do abate (2000, peça que foi estreada no Teatro do Sul, por G. Churvardas, e em 2010, no Odéon numa encenação de Catarina Gozzi), Catálogos 10-12 (poesia, 2002), Humanoidade 1 – 7, Procedimentos de Regularização de Diferenças obra estreada no Teatro do Sul, com encenação de Guiórgos Lanthimos). Em 2003, Morro como país foi estreado em Paris, com encenação de Yannis Kokkos, e em Florença. A Circularidade do Quadrado que estreara em 2010 no Odéon numa encenação de Giorgio Barberio Corsetti, foi apresentada na Gulbenkian na encenação de Dimitris Karantzas em 2015.
Os Artistas Unidos organizaram em 2006 um encontro na Culturgest com Dimítris Dimitriádis. Em 2013, foi apresentado Teatro por Escrito com Jorge Silva Melo e John Romão. Em 2014, realizaram a leitura de Morro Como País por Jorge Silva Melo, na presença do autor, texto que foi posteriormente gravado para a Antena 2 com Jorge Silva Melo e Isabel Muñoz Cardoso. No mesmo ano, António Simão dirigiu um seminário de encenação a partir de Procedimentos de Regularização de Diferenças, no BESAF.
Do autor, nos Livrinhos de Teatro, estão publicados, no número 18, A Vertigem dos Animais Antes do Abate, Morro como País, Procedimentos e Regularização de Diferenças, O.I.H e na Revista Artistas Unidos número 19 foi publicado Oblívio.
ISABEL MUÑOZ CARDOSO trabalhou com Luís Varela, José Peixoto, José Carlos Faria, José Mora Ramos, Diogo Dória, Jean Jourdheuil, Solveig Nordlund. Nos Artistas Unidos participou em inúmeros espectáculos a partir de António, Um Rapaz de Lisboa de Jorge Silva Melo (1995) tendo interpretado recentemente Jardim Zoológico de Vidro de Tennessee Williams, O Novo Dancing Electrico de Enda Walsh (2016) e A Noite da Iguana de Tennessee Williams (2017).
JORGE SILVA MELO fundou em 1995 os Artistas Unidos de que é director artístico.