Diga 33 – Poesia no Teatro está prestes a completar mais um ano de vida. E vão quatro. Não podíamos terminar de melhor maneira, este 2021 que, mais uma vez, obrigou a adaptações de datas para cumprimento de programa. Ao longo de 9 meses — retomámos actividade em Abril —, passaram pela sala estúdio do Teatro da Rainha 11 autores, muitos deles também tradutores, alguns editores, de diferentes gerações e com sensibilidades diversas. Oferecemos voz à obra de António Quadros, o João Pedro grabato Dias que também foi Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João. Rimos, comovemo-nos, surpreendemo-nos, partilhámos e aprendemos. Muito temos também a aprender com o convidado de Dezembro, o professor catedrático Manuel Portela.
Doutorado em Cultura Inglesa pela Universidade de Coimbra (2001), Manuel Portela tem uma vasta actividade académica. Professor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, dirige o Programa de Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura. É investigador do Centro de Literatura Portuguesa na mesma universidade. Foi Director do Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, entre 2005 e 2008. Autor de livros de poesia sonora e visual, de poemas animados por computador e ainda de diversos poemas satíricos, publicou os primeiros poemas nas colectâneas “Cras! Bang! Boom! Clang” (1991) e “Pixel Pixel” (1992). Organizou a exposição internacional de poesia visual e concreta Wor(l)d Poem (1993). Traduziu para português, entre outros, livros de William Blake e “A Vida e Opiniões de Tristram Shandy”, de Laurence Sterne, pelo qual recebeu o Grande Prémio de Tradução. É ainda autor do monumental ensaio “O Comércio da Literatura” (2003), um estudo das representações do mercado literário no século XVIII em Inglaterra.
Com Manuel Portela iremos, por certo, abordar os livros iluminados de William Blake (1757-1827) e a extraordinária vida de Tristram Shandy, criação de Laurence Sterne (1713-1768), mas tentaremos também perceber o que na actualidade aproxima ou afasta o comércio da literatura da realidade experienciada nesse período mágico de transição do manuscrito para impresso. Projectaremos poemas do próprio Manuel Portela e sobre eles discorreremos, num tom sempre aberto ao público que pretenda participar. Adivinha-se um sarau imperdível.

Lotação reduzida. Entrada livre, condicionada aos lugares disponíveis.
Reserva de lugar obrigatória.
(Segunda a sexta das 9h00 às 18h00)
Informações: 262 823 302 | 966 186 871 | comunicacao@teatrodarainha.pt