Nascidos e criados num mundo onde a ideologia, estruturada por sistemas normativos historicamente implementados, se substituiu à informação, assistimos impotentes à sua partilha sistémica sob as mais diversas formas, com os mais diversos filtros. É sob este jugo que surgem estes monólogos, articulados entre si pelo imaginário controverso de Pier Paolo Pasolini. Tomando o discurso das mais variadas instituições, do crime organizado à igreja, passando pela família e pelas megacorporações capitalistas, propomos uma viagem pela ideia do poder, do que o motiva e o que faz com ele quem o detém, através de confissões reais ou ficcionadas dos próprios conspiradores.
Citando Pasolini: «Eu sei o nome dos responsáveis. Eu conheço todos os nomes e todos os factos dos quais são culpados. Eu sei. Mas não tenho as provas. Não tenho nem mesmo os indícios.»

Encenação, Dramaturgia e Interpretação | Afonso Santos
Cenografia e Figurinos | Francisco Ribeiro e Mário Faundez
Música Original, Sonoplastia e Desenho de Luz | Francisco Campos e Renato Marinho
Assistência de encenação e apoio à dramaturgia | Sérgio Sá Cunha
Apoio ao Movimento | Sara Garcia
Produção | José Luís Ferreira
Fotografia e Design Gráfico | Sara Pazos