• DATA21 e 22 de Julho de 2022
  • HORÁRIO21:30
  • INFORMAÇÕES E RESERVAS966 186 871 | comunicacao@teatrodarainha.pt
  • MORADASala Estúdio do Teatro da Rainha | Rua Vitorino Fróis - junto à Biblioteca Municipal - Largo da Universidade | Edifício 2 | 2504-911 Caldas da Rainha

Valor da entrada: 10€. Estudantes e mais de 65 anos: 6,00€
Entradas condicionadas aos lugares disponíveis.

Reservas:
Segunda a Sexta das 9h às 18h
262 823 302 | 966 186 871
[RESERVA OBRIGATÓRIA]

Informações:
comunicacao@teatrodarainha.pt
966 186 871 | 262 823 302

Baltazar Fortuna está zangado. Com os homens, com a vida, com Deus e consigo mesmo. Fortuna, só lhe coube a do nome. E, sobretudo, está zangado com as mulheres. Com as três mulheres da sua vida. Por isso volta a Xigovia – a pequena vila no Sul de Moçambique, onde elas vivem – com um objectivo claro: matar. Sim, matar. Matar o azar, varrer a má-fortuna e emendar a vida que escolheu viver, mas já não deseja.
No processo, há que matar as mulheres também. São elas as culpadas, disso não duvida. Ele, que sempre teve medo das palavras quer redimir-se nos actos.
O único obstáculo? Elas não querem colaborar, não lhes apetece morrer. Têm ideias próprias. Esse, sabe ele bem, é o problema do Mundo: andarem a meter ideias na cabeça das mulheres. Logo nelas, diz Fortuna, que ‘Desde Eva que andam em contramão’.
A morte vai andar por Xigovia, isso é certo.

Mia Couto e José Eduardo Agualusa, reflectem neste conto – adaptado ao palco com dramaturgia do próprio Mia Couto – sobre o conflito entre um Moçambique periurbano, que hesita entre um lastro de tradições e práticas ancestrais cristalizadas nas mentalidades masculinas dominantes; e um novo país, de demografia galopante, prenhe de jovens que, a cada dia, se revêm menos nas estruturas culturais herdadas e nas práticas sociais que elas impõem.
O conflito entre Baltazar Fortuna e as suas mulheres – Mariana Chubichuba, Judite Malimali e Ermelinda Feitinha – leva, inevitavelmente, à morte de um desequilíbrio social onde o lugar que cabe às mulheres e o dos homens é vigorosamente questionado e resolvido em cada opção, em cada atitude, em cada gesto do presente.

Ficha do espectáculo

De – Mia Couto e José Eduardo Agualusa
Dramaturgia – Mia Couto
Com – Angelina Chavango, Horácio Guiamba, Joana Mbalango, Josefina Massango, Violeta Mbilane
Encenação – Clotilde Guirrugo e Vitor Gonçalves
Cenário – Evaro de Abreu
Figurinos – Sara Machado
Coreografia – Ademar Chauque
Musica – Shigeru Umebayashi
Sonoplastia – Pedro da Silva Pinto
Luz – Quito Tembe
Direcção de Produção – Clotilde Guirrugo e Pablo Ribeiro

Uma co-produção – Fundação Fernando Leite Couto, Universidade Eduardo Mondlane – Direcção de Cultura

Como apoio de:
UNIÃO EUROPEIA
CINE
INSTITUTO CAMÕES – MOÇAMBIQUE