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  • ESTREIA16 de Abril de 2002 - Museu Nacional da Ciência e da Técnica em Coimbra, (Mansarda do Palácio Sacadura Botte)

APRESENTAÇÕES
até 21 de Abril

  • ESTREIA25 de Julho de 2002 – Sala Estúdio do Teatro da Rainha

APRESENTAÇÕES
até 30 de Julho

DIGRESSÃO
Lisboa – Hospital Júlio de Matos, Almada – Festival de Teatro e Fundão – Escola Secundária.

VER PROGRAMAFICHEIRO EM PDF

Em «A última bobina», peça escrita em 1956 e geralmente considerada como a que assume um carácter auto-biográfico mais marcado, uma invenção tecnológica recentíssima na época, o magnetofone, permite a Krapp um estranho diálogo com a sua voz gravada.
Acantonado no seu tugúrio, Krapp foi perdendo contacto com o mundo. Ao longo dos anos, colecciona bobinas em que faz o balanço anual da sua vida. Esse passado que a voz gravada lhe devolve nem sempre suscita neste homem próximo do fim um processo de identificação. Se por vezes as memórias convocadas pela voz de outrora se reavivam, momentos há em que a estranheza e a rejeição são totais. A própria manipulação do magnetofone transforma o aparelho num interlocutor com quem Krapp estabelece um diálogo e a quem corta violentamente a palavra.
Mesmo a linguagem se torna estranha e separada do real quando devolvida pela banda magnética. Palavras tão comuns como «viúva» produzem em Krapp uma grande estranheza e a necessidade de recorrer a um diccionário.
Um único fragmento desse passado é agora objecto do seu interesse, o adeus ao amor, o momento em que recusa a mulher amada para se dedicar à escrita e, ainda assim, apenas para reconhecer a vanidade do seu projecto literário.

Ficha Artística

Tradução | Isabel Lopes
Encenação | Fernando Mora Ramos e Isabel Lopes
Dramaturgia e assistência de encenação | Isabel Lopes
Iluminação | João Carlos Marques
Fotografias de cena | Augusto Baptista
Interpretação |
Victor Santos