O tempo não está para brincadeiras, ouvimos dizer. E, no entanto, é um tempo estranhamente brincalhão, este que nos desafia a imaginação até limites que julgávamos inimagináveis. Porque, de facto, a realidade supera a ficção. Por cá, insistimos na palavra, na palavra dita e partilhada, tal como outrora aedos e rapsodos, almocreves e menestréis, jograis e congéneres, que de povoação em povoação transportavam e repartiam ensinamentos. Da tradição oral a este tempo detergente — que, tal como o poeta Ruy Belo, também nós odiamos —, muita água foi correndo debaixo das pontes, mas nem por isso tudo se perdeu no devir das correntes. O teatro e a poesia, de mãos dadas há mais de 2500 anos, continuam a fazer sentido. Só assim se explica que Homero e Sófocles e Ésquilo e Eurípedes continuem por aí a desafiar consciências e a remexer dogmas.
Ao quinto ano de Diga 33, quisemos começar num registo que tem mais que ver com esses tempos em que ouvir era aprender, muito mais do que agora este aprender parece tantas vezes estar reduzido ao opinar.
18 de Janeiro: Leituras de MÁRIO-HENRIQUE LEIRIA
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15 de Fevereiro: com JÚLIO HENRIQUES
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22 de Fevereiro: (Sessão extra) apresentação da REVISTA TRÊS TRÊS | 9ª edição
15 de Março: Sessão dedicada a ALEXANDRE O’NEILL, com Maria Antónia Oliveira
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19 de Abril: com JOSÉ EMÍLIO-NELSON
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17 de Maio: com MIGUEL MARTINS
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19 de Junho: sessão dedicada a FERNANDO PESSOA com a presença de Jerónimo Pizarro
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27 de Setembro: com ANTÓNIO FERRA
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18 de Outubro: com SANDRA COSTA
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15 de Novembro: Sessão dedicada a JOSÉ SARAMAGO com a presença de Manuel Frias Martins
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13 de Dezembro: Sessão dedicada a MÁRIO BOTAS com a presença de Jaime Rocha e Mário Galego
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