A opinião dos espectadores é para nós determinante, quero dizer, estimulante. O eco crítico, apologético, negativo, contraditoriamente saudável é pão para a nossa boca, nós que andamos sempre metidos nos afazeres do fazer teatro e temos défice de ler o que fazemos por excesso de fazer/ver, a mão dentro, na prosa cénica, sempre – e já lá vão 37 anos de Teatro da Rainha, mulher como Ophélia, Leanor. E como a próxima, a Lucrécia de Mandrágora, de Maquiavel, texto genial.
No tempo da crítica de teatro havia sempre um outro tipo de comentário ao que fazíamos, não em qualidade, pois cada um dirá algo sempre singular, mesmo que ao lado, significativo e útil, mas pelo facto de ser um comentário criticamente estruturado segundo um modelo determinado, aberto a fazer entrar outros no que o crítico vira e podia desvelar, esclarecer, ler eventualmente com outras armas.
Saudades desse tempo, do Carlos Porto – que tantas vezes veio -, da Helena Dá Mesquita, da Helena Serôdio, da Manuela de Azevedo, do Manuel João Gomes – que tantas vezes nos seguiu entre Évora, Coimbra e Caldas – do Fernando Midões – apesar dos disparates – do Tito Lívio, na Capital, sempre tão elogioso, até do Listopad, que ficou de olhos esbugalhados – e com invídia – no AQ do Christoph Hein, esse dramaturgo crítico do regime da RDA que da RDA veio ver o espectáculo, ele que era Checo, o Listopad, claro.
Hoje em dia apenas existem a publicidade e o centralismo – a globalização localiza no centro o espectáculo, os cumes do espectáculo – a primeira faz do jornalismo cultural, de cada artigo, uma peça promocional do que “está a dar”, o segundo estrutura essa promoção publicitária, esse sistema de apologia para-empresarial, no centro, isto é, no centro do centro da Capital. É estruturante e mantém alta a chama do “Lisboa é a capital e o resto é paisagem”. Com tanto paleio sobre regionalização, descentralização e outros descentramentos que sempre centralizam, o facto é que todos os que decidem, cada um na potência do seu poleiro, mormente os provincianos militantes provincialmente, fazem tudo o que entendem relevante em Lisboa e vêm à província em raid, o que os locais bajulam e agradecem fazendo fundos de cena. Ninguém deslocaliza as suas estruturas para outro centro em construção, pelo contrário, quanto mais regionalização mais centramentos.
É também por estas razões que as opiniões que se seguem são uma arma contra o silêncio estruturante dos média, sejam de latrina, sejam de referência.
No meio disto, a aliança contra o centralismo, continua.
Teatro, autêntico, sempre, sempre, ao lado do povo.
fernando mora ramos

«Foi no ‘Diga 33 – Poesia no Teatro’ que conheci a genialidade de Henrique Manuel Bento Fialho. Foi em ‘Lázaro, também ele sonhava com o Eldourado’ que o vi estrear-se como ator, e que bem esteve. E foi ‘Na Cama com a Ofélia’ que tive o privilégio de sonhar com as palavras por si perfeitamente alinhadas e emprestadas ao Fernando Mora Ramos. Um texto brilhante, que me arrancou um suspiro de epifania. Uma encenação como só o Fernando poderia realizar. Um perfeito quarteto Ofélia-Campos-Caeiro-Reis. E, “lá fora, a vida continua”. Não vou ser spoiler (nem tal é possível!) Corram ao Teatro da Rainha. Afinal, a cultura é (e sempre foi) segura!»
Ana Castro

«Quero afirmar o meu contentamento por ter visto uma tão boa peça de teatro – Na cama com Ofélia. Eu estou sempre muito preso à palavra (que também se gasta) e, por isso mesmo, achei o texto muito bom. As palavras levam-me sempre para a possibilidade ou a impossibilidade do amor, num tempo onde não se sabe ser real ou do domínio do onírico, como no Sonho do Strindberg. Obrigado pelo espetáculo. Um abraço e continuação de bons textos.»
Rui Pedro Gonçalves

«Assisti, penso que há cerca de um ano, a uma leitura representada da peça. Li o livro que contém a peça. Compareci no sábado à apresentação em cena. Li hoje o excelente programa de sala (nunca um programa de sala me encantou assim. Está mesmo excelente!) Estão todos de parabéns! O autor, o encenador, os atores (para apenas falar daqueles que melhor percecionamos, porque há todo um trabalho que é dos outros e que contribui para o resultado final). A todos desejo as maiores felicidades!»
Manuela Fialho

«Fui ontem ver a peça ao teatro da Rainha. Gostei muito muito do texto. E da peça.»
Tiago da Neta

«Venho dizer-lhe apenas o quanto gostei de assistir há pouco a “Na cama com Ofélia”. Texto, encenação, artifícios em cena, trabalho de atores, tudo excelente! Parabéns! Aconselho vivamente a que todos vão assistir!»
Isabel Xavier

«Fui ver a peça de teatro. Adorei! Que magnífica interpretação da Marta Taveira assim como os três actores que a acompanharam nesta passagem entre sonho, fantasia e realidade. Parabéns também ao grande mestre Fernando Mora Ramos e ao autor Henrique Manuel Bento Fialho.»
Fernando Mendes Rodrigues

«Fomos ao Teatro da Rainha ver “Na Cama com Ofélia”, uma peça de Henrique Manuel Bento Fialho, encenada por Fernando Mora Ramos. Gostámos muito. Gostei particularmente do final, pela grande carga poética. Boas atuações, uma Ofélia excelente e uns heterónimos muito verosímeis. Ah, também gostei de alguns momentos de humor e da cena de esoterismo. Talvez vá de novo um dia destes. Estão todos de parabéns!»
Isabel Pereira

«Ontem houve noite de teatro, e que teatro.
Do extraordinário texto do Henrique Manuel Bento Fialho, a exemplar encenação de Fernando Mora Ramos, cheia de nuances e pormenores deliciosos, e a irrepreensível interpretação da Marta Taveira, Ricardo Soares, António Afonso Parra e o Fábio Costa, o que há a dizer desta “Na cama com Ofélia” é simples, saiam de casa e vão ver.
Obrigado Henrique, pela peça e pela amizade.»
Nélson José Paiva

«São quase cinco da manhã e não consigo dormir, tenho os olhos cheios de Ofélia, habito o sonho que sonha ser sonho a realidade que me rodeia. A realidade sonhada algum dia chega a ser real? Hoje testemunhei ao nascimento de uma nova linguagem teatral, um casamento perfeito entre poesia e teatro, dramaturgia no seu verdadeiro sentido, e aqui há influência da geração do Dort, a Dramaturgia contempla a multiplicidade de camaradas de sentido e de performance que o evento teatral convoca. Na Cama com Ofélia é talvez um dos exemplos mais bem conseguidos, um dos mais belos e espantosos, uma aparição de arrepiar. O texto do Henrique Manuel Bento Fialho é a luva perfeita para a mão do maestro Fernando Mora Ramos , Stanislavski e Tchekhov. Um acontecimento único. Pena estarmos a viver o espetáculo da cegueira. O ensaio já foi. Pena ser nas Caldas. Pena a ditadura do centralismo. Da capital. Do capital.
Que interpretação sublime: António Afonso Parra, Marta Taveira, Ricardo Soares e Fábio Costa
Obrigado Teatro da Rainha»
Venâncio Calisto.

«Vi e adorei a peça. NA CAMA COM OFÉLIA.
Está muito bem conseguida e orientada, o trabalho dos actores está fantástico e muito profissional
Quanto à atriz teve uma excelente representação/actuação muito, muito profissional!!
Parabénssssss!!
Pelo trabalho, pelo mérito e pela equipa!!»
Teresa Santos

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