Nota Biográfica
Júlio Henriques (Granja do Ulmeiro, 1953) é tradutor, publicista e editor. Escreveu os primeiros poemas para o suplemento juvenil do Diário de Lisboa. Aos 17 anos fugiu de casa e foi para Aveiro, juntando-se a uma companhia de teatro amador. A primeira peça em que participou foi “À Espera de Godot”, de Beckett. Era actor, escrevia, fazia de tudo e, para pagar as contas, arranjou trabalho como arquivista. Aos 19 anos desertou. Foi para França, onde frequentou vários cursos ligados à literatura. Com o encenador e dramaturgo Hélder Costa, criou um grupo de teatro de agitação. Trabalhou numa tipografia, escreveu para o Comércio do Funchal. De regresso a Portugal, foi viver para uma aldeia perto de Coimbra e conheceu Vasco Santos, fundador da Fenda. O primeiro livro, “Deus Tem Caspa”, foi publicado em 1988. Traduziu Max Aub, George Orwell, Albert Cossery, Guy Debord, Louis Aragon, entre outros. Sob o pseudónimo Alice Corinde, publicou poesia e outros textos posteriormente reunidos no volume “Modas & Bordados d’Alice Corinde” (Fenda, 1995). Actualmente, é criador de cavalos, tradutor e editor da revista Flauta de Luz, que criou em 2013. O seu livro mais recente é o volume de poesia “Fora de Dentro” (Barco Bêbado, 2020).