Nota Biográfica
Nascido em Lisboa, pertencia à linhagem da família irlandesa O’Neill. Foi num jornal de Amarante, onde a mãe tinha raízes, que publicou os primeiros poemas com apenas 17 anos. Esteve na fundação do Grupo Surrealista de Lisboa, em 1947. Há mesmo quem garanta que sem ele tudo havia sido diferente, pois era ele quem possuía os livros certos. Em 1948 publicou o poema gráfico “A Ampôla Miraculosa – Romance” e, três anos depois, “Tempo de Fantasmas”, mas foi com “No Reino da Dinamarca” (1958) que se afirmou definitivamente como um dos nossos grandes poetas. Autonomizou-se do surrealismo e distanciou-se sem estrondo, por não ser de grupos e estar mais interessado em desimportantizar deixando as coisas fora do sítio. Trabalhou como escriturário e redactor de publicidade, foi um exemplar cronista e participou em programas televisivos. Também escreveu guiões de filmes. Em 1982, recebeu o prémio da Associação de Críticos Literários.